Meus leitores me pediram pra escrever algo sobre o amor, e deixaram bem claro que não se trata de amor de amigos ou familiares. Não tenho muito a falar sobre isso, mas tentarei fazer-lo da minha forma, baseada nas pequenas mas suculentas migalhas que experimentei desse sentimento.
Como se trata da minha visão de amor é necessário que eu fale um pouco de mim. Não sei me descrever bem, mas sou uma menina com tendências um pouco melancólicas, para quem os pequenos detalhes tomam proporções enormes, que é capaz de se sentir invadida por uma paz incrível só de ver o sorriso de uma criança e que perde o sono por uma única palavra que não foi dita. Assim como todo mundo, eu já pensei que amava, mas deixei de usar os verbos pensar e amar na mesma frase.
Talvez nesse momento, ao invés de falar de amor, fosse mais fácil falar da saudade que me invade toda noite, das voltas que estou dando em torno deste ponto final tentando entendê-lo, das lembranças que são etéreas demais pra me servir de consolo, do pequeno vislumbre de "pra sempre" que nós tivemos e de tudo isso que me esforço tanto pra esconder.
É sempre assim, num adeus o que mais dói é pensar no que poderia ter sido, e saber que não será, o mais difícil é aprender a conjugar alguns verbos no passado.
Mas até agora não falei de amor, falei de "um amor", de uma frustração, de uma batida de porta, de um virar as costas e ir embora, de um "não mais", de um adeus.
Não busco e nem sei defini-lo, mas vejo o amor como um moço bonito, que transforma todos em que toca, tornando-os capazes de passar a noite toda pensando num sorriso, num olhar ou num beijo, de mudar os planos, de acreditar no improvável, de sorrir ao ser chamado de bobo, de beijar o celular após receber uma sms, de materializar pensamentos, de sentir o cheiro do perfume de alguém em que se pensou. O mais interessante não é o fato do amor nos levar a fazer coisas que nunca pensamos e sim o fato de nos sentirmos felizes fazendo estas coisas.
Logo, o amor não faz ninguém sofrer, só não é sua culpa se somos muito egoístas, se não temos paciência ou coragem para acreditar nele ou se simplesmente não conseguimos percebê-lo. Ele apenas existe para nos impulsionar pra perto, mas nossas atitudes, nosso egoísmo, nossa indecisão ou até nossas convicções acabam nos afastando, a culpa é nossa se acabamos por transformar um amor em duas saudades.
Por isso que continuo acreditando, cultivando, não tendo problema em demonstrar meus sentimentos por medo de não ser compreendido e retribuído, é como aprender a andar de bicicleta, cair e se machucar é um risco que se corre, mas não paro de tentar por isso.
Eu achava que duas pessoas que se amam deveriam ficar juntas e pronto, mas com o tempo descobrimos que não é tão simples assim. Eu conseguiria ficar com alguém que admiro mas não amo, mas nunca com alguém que amo mas não admiro. Acho admiração, companheirismo, atenção e cuidado muito mais importante do que qualquer paixão avassaladora.
Sinceramente não sei definir, e nem pretendo, mas continuo acreditando, agindo da mesma forma, me importando, colhendo sorrisos, colecionando momentos, revendo as lembranças, continuo sendo quem sempre fui, independentemente das quedas, das desistências e das frustrações.
O amor? Vou continuar acreditando que ele é um bom moço.
E embora eu não tenha explicado, sei que é algo que ninguém consegue explicar e que ninguém consegue não entender.
É ISSO MESMO MEU DOCE AMOR MEU GRANDE ORGULHO TE AMO VC SEMPRE ABALA!!!!
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