domingo, 20 de novembro de 2011

A humanidade é desumana, mas ainda temos chance

  Bom meus caros, hoje eu vou abordar dois assuntos sobre os quais venho refletindo há algum tempo. O primeiro diz respeito à comemoração de uma morte, e acho que isso nunca vai soar normal aos meus ouvidos.
  Trata-se da morte de um ditador que passou cerca de 40 anos oprimindo o povo líbio e que foi responsável por inúmeras mortes, sobretudo em perseguições políticas, isto é fato. Sim, ele era culpado de inúmeros crimes e se considerava inabalável e todo-poderoso. No entanto, ver os líderes das maiores potências mundiais ir aos meios de comunicação e comemorar uma morte ainda é estarrecedor e nos faz refletir acerca da desumanização da humanidade.
  Primeiramente porque os EUA montaram esse enredo hollywoodiano em que os líderes árabes são os vilões e os americanos os mocinhos que agem em prol do bem geral de forma desinteressada. Mas na verdade todos sabem que esse maniqueísmo armado pelos ianques esconde uma série de interesses econômicos, e que na verdade eles não moveriam uma palha pela libertação política de ninguém se não houvesse possibilidade de lucrar com isto.
  E de outro lado que o próprio fato de ver a comemoração da morte de alguém, me parece chocante demais.
  O segundo fato sobre o qual eu gostaria de comentar é o caso dos protestos e invasões que ocorreram na USP.
  De fato não entra na minha cabeça que um grupo de universitários da mais respeitada universidade brasileira tenha feito um protesto daquela magnitude para que a polícia saísse do campus, possibilitando o consumo e venda de drogas livremente.
  Então me veio à cabeça a frase de uma famosa música da banda Legião Urbana, a primeira parte do refrão de "Geração Coca-Cola": "somos os filhos da revolução". Parece que a juventude de hoje anda sedenta de fazer revolução, mas direciona a sua rebeldia para as coisas erradas.
  O sangue dos nossos pais foi derramado lutando contra a ditadura, lutando por liberdade de expressão, embora tenha sido uma pequena parte dos jovens brasileiros que se mobilizou para isso. E esses somos nós, os filhos desse ensaio de revolução, mas não somos revolucionários, não sabemos contra o que lutar, não sabemos que ideologia defender, então chegamos ao ponto de quebrar carros de polícia, invadir prédios de universidade pra ter o direito de fumar maconha.
  E eu temo pelo nosso futuro, porque se é isso que os nossos universitários, a elite intelectual brasileira, o futuro próximo do nosso país está defendendo, o que será de nós?
  Saudades dos caras pintadas, dos jornalistas da época da ditadura, saudades de um tempo em que a juventude tinha causas pelas quais lutar e não precisava fazer protesto mascarado. E esse é o nosso mundo...

  Por hoje é só. Em relação à próxima postagem, vou tentar atender aos pedidos do público e falar um pouco da minha visão sobre o amor, mas está bem claro que eu vou tentar, não estou prometendo nada, pois este é um assunto que pra mim ainda é muito nebuloso.

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